Take a look.
Posted: Sat Dec 01, 2001 5:20 am
This article was writed by Leonardo Boff(Teo- Philosopher), say about the last steps of the World. More especifically about USA and the War against Terror. The autor is one of my favorite. I think the article is a little exagerated, but it is an important question, in the excercise of the cidadany and civil rights in USA. For this purpose, I'm putting the link and the article with some reserches related.
Sorry, the article and the link(because they have the same contents) are in Portuguese(Brazilian). But please, don't loose the oportunity to read it. If someone can use a translator in the full article for the other members be able to read it, I thanks a lot.
Link : [url="http://www.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2611200110.htm"]FolhadeSaopaulo-LeonardoBoff[/url]
(Any problem related to the link, or if passwords, please tell me; But it is not that important anyway, because the article is here too.)
Reserches:
1)People from other country suspect of Terrorism should be judged by a special army-tribunal?
58%-yes
38%-No
4%- no opinion
2)You think is correct to put Americans lifes in risk to take Bin Laden?
60%-yes
34%-No
6%-no opinion
3)Should be legal to put listener( I don't know the real name of this little machine in english, it is a mechanism used by the cops to secreately listen to suspects phone calls without their knowlodge) in suspects of Terrorism and their respective Laywers?
73%-yes
24%-no
3%-no opinion
4)Do you a agree with the USA plan to interview 5.000 young man from Mid - east,
living today in the USA, as a part of the investigation against the Terrorism?
79%-yes
19%-no
2%no opinion
5) If Osama Bin Laden is captured by the USA, what you think is the best to do?
63%- Take him to a Tribunal civil or militar.
35%- Execute him, imediatly
3%-No opinion
From: "The Washington Post"/ABC de 27/11.
( Of course, I make a lot of mistakes in the translation process since the font was not in English, sorry)
Article:
A globalização do inimigo
LEONARDO BOFF
As declarações do presidente George W. Bush são inequívocas: o terrorismo será enfrentado em qualquer parte do mundo; serão atacados também aqueles países que dão guarida às redes do terror. Quem não aceita essa luta é contra os EUA e a favor do terrorismo. Aqui há uma manifesta globalização do inimigo e uma globalização da guerra com características singulares, combinando a brutalidade da guerra tecnológica moderna com a guerra suja da inteligência, que implica atos de terror e o assassinato planejado de lideranças tidas por terroristas.
Essa estratégia nos projeta cenários sombrios e altamente perigosos para a convivência da humanidade no processo inexorável da globalização, fase nova da história da Terra (Gaia) e da nossa espécie. O primeiro efeito ocorreu nos EUA: a criação de um novo secretariado, o "Homeland Defense" (Defesa da Pátria), dotado de estratégias, verbas e sua correspondente ideologia justificadora. Nós conhecemos o que significa o "Estado de Segurança Nacional", cujo ideólogo-mor, Carl von Clausewitz (1780-1831), ideólogo da guerra de guerrilha ("a guerra é a continuação da política com outros meios"), inspirou os processos de seu funcionamento.
Em nome da segurança, inverte-se o sentido básico do direito: todos são supostamente terroristas até prova em contrário. Em consequência disso, surgem as espionagens, os grampos, as prisões para interrogatórios, as violências por parte dos corpos de segurança e as torturas. Cria-se o império da suspeita e do medo e a quebra da confiança societária, base de qualquer pacto social. Há o risco do terror de Estado.
Dois temores bem fundados acolitam semelhante universalização do inimigo: a delimitação do que seja terrorismo e a identificação dos nichos alimentadores de terrorismo.
A formulação de bem/mal e amigo/inimigo do presidente Bush nos remete a um dos grandes teóricos modernos da filosofia política de transfundo fascista, Carl Schmitt (1888-1985). Em seu "O Conceito do Político", de 1932 (Vozes, 1992), diz: "A essência da existência política de um povo é sua capacidade de definir o amigo e o inimigo".
Quem é inimigo? "É aquele existencialmente algo outro e estrangeiro, de modo que, no caso extremo, há possibilidade de conflitos com ele. Se a alteridade do estrangeiro representa a negação da própria forma de existência do povo, deve ser repelido e combatido para a preservação da própria forma de vida. Ao nível da realidade psicológica, o inimigo facilmente vem a ser tratado como mau e feio."
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Os ninhos de serpentes foram criados; e elas crescem, se multiplicam e podem morder agora em nível global
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Bush interpretou a barbárie de 11 de setembro como guerra contra a humanidade, contra o bem e o mal, contra a democracia e a economia globalizada de mercado -que tantos benefícios (na pressuposição dele) trouxe para a humanidade. Quem for contra tal leitura, é inimigo, o outro e o estrangeiro que cabe combater e eliminar.
Tal estratégia pode levar a violência para dentro dos EUA e para todos os quadrantes do mundo. É a violência total do sistema contra todos os seus críticos e opositores.
O segundo problema aventado é a identificação dos nichos fomentadores de inimigos. Na atual estratégia são países tidos por párias ou bandidos. Dentro de pouco, perceberemos que mais importantes são ideologias libertárias e religiões de resistência e libertação como ocorreu em todo o Terceiro Mundo e na oposição ao regime soviético. Elas criam verdadeiras místicas de engajamento e fazem surgir militantes altamente comprometidos com a superação da presente ordem social mundial, devido às altas taxas de iniquidade social que produzem.
Entre eles se contam as históricas esquerdas anticapitalistas, os movimentos transnacionais contra o tipo hegemônico de globalização econômico-financeira e os setores religiosos ligados a mudanças sociais como o cristianismo de libertação nascido na América Latina e ativo na África, na Ásia e em setores importantes da sociedade civil norte-americana e européia, grupos fortes do islamismo popular, de cunho fundamentalista e setores teológicos islâmicos que resgatam as origens libertárias da gesta de Mohammad e o sentido original do Alcorão. Todos esses serão considerados inimigos eventuais. Conhecemos as consequências de tais identificações: a vigilância, a tentativa de desqualificação pública, os sequestros, as torturas, os assassinatos. Será que os EUA não acolheram uma lógica que os condenará a repetir com mais furor o que ocorreu na América Latina nos anos 60 sob os regimes de segurança nacional (bem entendido, segurança do capital)?
Tais espectros não são fantasias sinistras. Os ninhos de serpentes foram criados. E elas crescem, se multiplicam e podem morder mortalmente agora em nível global.
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Leonardo Boff, teólogo e escritor, autor de "O Despertar da Águia", "O Dia-Bólico e o Sim-Bólico na Construção da Realidade" (Vozes).
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@Fable, MrSleep, T'lainya- I know is not correct write and put text here in other language, but I think it will be easy for use any translator this way. If you have any restriction I can edit the post and leave only the link.
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Sorry, the article and the link(because they have the same contents) are in Portuguese(Brazilian). But please, don't loose the oportunity to read it. If someone can use a translator in the full article for the other members be able to read it, I thanks a lot.
Link : [url="http://www.uol.com.br/fsp/opiniao/fz2611200110.htm"]FolhadeSaopaulo-LeonardoBoff[/url]
(Any problem related to the link, or if passwords, please tell me; But it is not that important anyway, because the article is here too.)
Reserches:
1)People from other country suspect of Terrorism should be judged by a special army-tribunal?
58%-yes
38%-No
4%- no opinion
2)You think is correct to put Americans lifes in risk to take Bin Laden?
60%-yes
34%-No
6%-no opinion
3)Should be legal to put listener( I don't know the real name of this little machine in english, it is a mechanism used by the cops to secreately listen to suspects phone calls without their knowlodge) in suspects of Terrorism and their respective Laywers?
73%-yes
24%-no
3%-no opinion
4)Do you a agree with the USA plan to interview 5.000 young man from Mid - east,
living today in the USA, as a part of the investigation against the Terrorism?
79%-yes
19%-no
2%no opinion
5) If Osama Bin Laden is captured by the USA, what you think is the best to do?
63%- Take him to a Tribunal civil or militar.
35%- Execute him, imediatly
3%-No opinion
From: "The Washington Post"/ABC de 27/11.
( Of course, I make a lot of mistakes in the translation process since the font was not in English, sorry)
Article:
A globalização do inimigo
LEONARDO BOFF
As declarações do presidente George W. Bush são inequívocas: o terrorismo será enfrentado em qualquer parte do mundo; serão atacados também aqueles países que dão guarida às redes do terror. Quem não aceita essa luta é contra os EUA e a favor do terrorismo. Aqui há uma manifesta globalização do inimigo e uma globalização da guerra com características singulares, combinando a brutalidade da guerra tecnológica moderna com a guerra suja da inteligência, que implica atos de terror e o assassinato planejado de lideranças tidas por terroristas.
Essa estratégia nos projeta cenários sombrios e altamente perigosos para a convivência da humanidade no processo inexorável da globalização, fase nova da história da Terra (Gaia) e da nossa espécie. O primeiro efeito ocorreu nos EUA: a criação de um novo secretariado, o "Homeland Defense" (Defesa da Pátria), dotado de estratégias, verbas e sua correspondente ideologia justificadora. Nós conhecemos o que significa o "Estado de Segurança Nacional", cujo ideólogo-mor, Carl von Clausewitz (1780-1831), ideólogo da guerra de guerrilha ("a guerra é a continuação da política com outros meios"), inspirou os processos de seu funcionamento.
Em nome da segurança, inverte-se o sentido básico do direito: todos são supostamente terroristas até prova em contrário. Em consequência disso, surgem as espionagens, os grampos, as prisões para interrogatórios, as violências por parte dos corpos de segurança e as torturas. Cria-se o império da suspeita e do medo e a quebra da confiança societária, base de qualquer pacto social. Há o risco do terror de Estado.
Dois temores bem fundados acolitam semelhante universalização do inimigo: a delimitação do que seja terrorismo e a identificação dos nichos alimentadores de terrorismo.
A formulação de bem/mal e amigo/inimigo do presidente Bush nos remete a um dos grandes teóricos modernos da filosofia política de transfundo fascista, Carl Schmitt (1888-1985). Em seu "O Conceito do Político", de 1932 (Vozes, 1992), diz: "A essência da existência política de um povo é sua capacidade de definir o amigo e o inimigo".
Quem é inimigo? "É aquele existencialmente algo outro e estrangeiro, de modo que, no caso extremo, há possibilidade de conflitos com ele. Se a alteridade do estrangeiro representa a negação da própria forma de existência do povo, deve ser repelido e combatido para a preservação da própria forma de vida. Ao nível da realidade psicológica, o inimigo facilmente vem a ser tratado como mau e feio."
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Os ninhos de serpentes foram criados; e elas crescem, se multiplicam e podem morder agora em nível global
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Bush interpretou a barbárie de 11 de setembro como guerra contra a humanidade, contra o bem e o mal, contra a democracia e a economia globalizada de mercado -que tantos benefícios (na pressuposição dele) trouxe para a humanidade. Quem for contra tal leitura, é inimigo, o outro e o estrangeiro que cabe combater e eliminar.
Tal estratégia pode levar a violência para dentro dos EUA e para todos os quadrantes do mundo. É a violência total do sistema contra todos os seus críticos e opositores.
O segundo problema aventado é a identificação dos nichos fomentadores de inimigos. Na atual estratégia são países tidos por párias ou bandidos. Dentro de pouco, perceberemos que mais importantes são ideologias libertárias e religiões de resistência e libertação como ocorreu em todo o Terceiro Mundo e na oposição ao regime soviético. Elas criam verdadeiras místicas de engajamento e fazem surgir militantes altamente comprometidos com a superação da presente ordem social mundial, devido às altas taxas de iniquidade social que produzem.
Entre eles se contam as históricas esquerdas anticapitalistas, os movimentos transnacionais contra o tipo hegemônico de globalização econômico-financeira e os setores religiosos ligados a mudanças sociais como o cristianismo de libertação nascido na América Latina e ativo na África, na Ásia e em setores importantes da sociedade civil norte-americana e européia, grupos fortes do islamismo popular, de cunho fundamentalista e setores teológicos islâmicos que resgatam as origens libertárias da gesta de Mohammad e o sentido original do Alcorão. Todos esses serão considerados inimigos eventuais. Conhecemos as consequências de tais identificações: a vigilância, a tentativa de desqualificação pública, os sequestros, as torturas, os assassinatos. Será que os EUA não acolheram uma lógica que os condenará a repetir com mais furor o que ocorreu na América Latina nos anos 60 sob os regimes de segurança nacional (bem entendido, segurança do capital)?
Tais espectros não são fantasias sinistras. Os ninhos de serpentes foram criados. E elas crescem, se multiplicam e podem morder mortalmente agora em nível global.
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Leonardo Boff, teólogo e escritor, autor de "O Despertar da Águia", "O Dia-Bólico e o Sim-Bólico na Construção da Realidade" (Vozes).
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@Fable, MrSleep, T'lainya- I know is not correct write and put text here in other language, but I think it will be easy for use any translator this way. If you have any restriction I can edit the post and leave only the link.
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